14 de agosto...ou 15?

Olho para o lado, milhões de máquinas pensantes funcionando simultaneamente. E o que temos em comum? O Ser ou não ser?
Temos alguma relação? Algo que nos liga? Aparentemente não! Mas como saber o que se passa na mente de cada um? Acho que não posso, e nem devo saber. Se pudesse ouvi-los em alto e bom som com certeza ficaria totalmente perplexo pela sua capacidade de criação e com rápida mutação de idéias.
Uma conversa unilateral? Quem responder minhas perguntas? Estas respostas vêm de algum lugar que eu desconheço. Mas elas vêm na mesma velocidade que as perguntas.
Cada pergunta que surge abre um espaço para o nada, o vazio fica estabelecido aqui dentro. Tanto as minhas questões quanto as do outro causa esta sensação! E por quê? Por não ter certeza do que virá depois? Por perceber que mesmo conhecendo coisas, sou um constante...vazio? que é preenchido logo depois que surge o “porquê”. Sem esquecer que o “nada” volta, e depois some, e volta de novo.
Se pensam, porque agem assim? Se raciocinam, porque suas falas parecem não ser elaboradas? Ou tão elaboradas que ultrapassam meus limites de entendimento? De novo, as perguntas!
Falam tanto. Tentam me convencer que suas idéias são o melhor para mim. Estão expondo ou impondo? Sugestão ou persuasão? Cada palavra que dizem parece não ter significado, e todos dizem nada. Com todas estas velhas novidades chego a conclusão de que falam demais por não ter o que dizer.
Não vai ser tão fácil invadir minha mente com toda essa futilidade e inutilidade, dando voltas e mais voltas pra me falar que devo confiar em você. Já tenho em quem confiar. Se elevar a sua capacidade mental acima do “poder” e do “ter”, talvez consiga acreditar que um dia vocês podem ser melhores do que são hoje. A partir daí começarei a ouvir e avaliar se o que dizem pode me valer alguma coisa. Caso contrário, meus ouvidos estarão tampados pra toda essa mentira que tenta me transformar em algo que te agrade, o que eu não sou.

Escrito por Gel